Ainda vamos a tempo?
De mudar o curso das coisas.
De fazer a diferença hoje ou amanhã.
De impedir que a terra continue a girar para o lado errado.
De não deixar que os nossos partam sem saber o quanto os amamos.
De não julgar tanto.
De contar menos histórias mentirosas sobre a vida e sobre os outros.
De ver os outros mais como são e menos como somos.
De aceitar melhor o que nos aconteceu.
De não deixar o descanso para depois.
De cuidar da saúde como quem cuida de um filho bebé.
De perdoar o que já nem tem era.
De falar menos do que não sabemos ou conhecemos.
De sentir as lutas dos outros na nossa pele.
De perceber que nada é garantido.
De saber que tudo é temporário.
De atravessar as pontes mais bonitas. E as mais difíceis.
De acreditar que há pessoas boas e que não se cansam de o ser.
De perceber que o mal também existe e que, se o contemplarmos, temos de lhe fugir a sete pés.
De lutar por um mundo mais justo para todos e não só para os "amigos" dos "amigos" do costume.
De viver de acordo com aquilo que dizemos. Ou dissemos.
De mudar de ideias.
De viver cada dia como se fosse o último. Porque, de alguma forma, é mesmo.
Ainda vamos a tempo?