Que verdade é a tua?
Vivemos num mundo de faz de conta. Aquilo em que acreditamos cai por terra com uma facilidade tremenda. Temos a nossa verdade presa ao peito e andamos com ela remendada pelas mentiras que nos impingem. Pelas desilusões que a ferem. Pelas faltas de amor que reinam neste mundo.
O que ontem acreditávamos ser verdade escorre-nos agora pelas mãos como água de pântano.
Vivemos tempos sérios. Graves. Complicados. O mundo grita e contorce-se numa ferida de guerra, de mentira, de corrupção que nos afeta a todos. Os que nos governam seguem como se pudessem permanecer impunes de todos os crimes. De todas as faltas. Que não nos falta a coragem para ver o que, realmente, existe neste momento.
A inteligência artificial reina autonomamente, sem cara e sem corpo, e entra-nos casa adentro, vida adentro como se tudo o que tivesse existido até aqui não passasse de uma ilusão que se fez, agora, pó.
Que saibamos levantar a cabeça. Os braços. A vida e a cruz que carregamos. Que saibamos dizer que por nós não passarão as mentiras, os dinheiros em bolsos despertencentes, as injustiças e as faltas de liberdade.
A inteligência artificial pode ter estremecido o mundo, mas, a mim, assusta-me. Assusta-me a falta de controlo, de verdade, de humanidade.
Não nos deixemos cair neste processo enorme de desumanização em que nos querem fazer cair. Ainda nos temos uns aos outros. Ainda somos cabeças que pensam e almas que estão mais vivas do que nunca.
Não nos deixemos enredar pelo desconhecido. Continua a ser profundamente importante cultivar a empatia, a solidariedade, a ternura e o amor.
Podem tirar-nos tudo, mas a nossa verdade será sempre aquilo por que vale a pena viver.
Podem levar-nos tudo e desacreditar a nossa fé… mas aquilo que somos será sempre o nosso propósito maior.
Não deixes que te façam esquecer que estás cá para fazer com que tudo fique melhor do que estava até teres cá chegado.