Acreditas em tudo o que sentes?
Dizem os experts em meditação que não devemos “acreditar” nos nossos pensamentos uma vez que estes são como nuvens passageiras. Vão e vêm para nos perturbar, mas não excedem o estatuto que são e têm: nuvens que podem ou não chover.
Não quer isto dizer que os pensamentos não valem nada. São eles que nos conduzem, muitas vezes e são, também eles, que nos mostram algum nível de doença emocional ou mental. Mas a verdade é que os pensamentos quase nunca se concretizam da forma que imaginamos. Passeiam pela nossa vida, avançam e recuam, mas nem sempre têm a importância que lhes damos.
Já relativamente ao que sentimos, a história é outra. O que o corpo sente e o que o coração sente tem sempre um propósito, uma intenção, um desvelar de alguma cama mais importante que podemos não estar a ver.
Quando ignoramos o que sentimos corremos riscos. Que podem ser de vida ou de morte. E esse sentir está muitas vezes mascarado daquela voz interior que nos diz baixinho: “por aí não” ou “essa pessoa não é de confiança”.
Quando acreditamos no que sentimos raramente nos damos mal. Seja isso uma coisa boa ou má. Seja isso uma ponta de treva ou um rasgo de luz. Sentir está sempre certo porque é menos enganador. É como ter uma luz de presença dentro da alma. Quando não sabemos, sentimos. Quando duvidamos, sentimos.
Vale a pena sentir e perceber que direções podemos tomar consoante esse impacto. Será um sinal para abrandar? Ou um sinal para avançar?
Será um incentivo? Ou um freio?
Será um reforço? Ou um castigo?
Seja o que for, acredita sempre naquilo que sentes. Muitas vezes é apenas uma desculpa para perceber que há partes de nós que precisam de colo e de cuidado.
Na dúvida, põe a mão no coração, respira fundo e sente simplesmente.
As respostas hão de rimar com o que arrepiar a tua pele.