Só o amor nos pode salvar!

Crónicas 5 março 2025  •  Tempo de Leitura: 2

Fala-se pouco do amor a sério. Reduzimos o amor a uma pequenez que não o pode conter nem fazer jus. Não nos aproximamos o suficiente uns dos outros para compreender que o amor é muito mais do que aquele que se refere a uma relação conjugal, fraterna ou familiar.

 

O amor é ter paciência quando nos apetece, de facto, dar uma resposta zangada ou torta.

 

É acreditar que o outro só consegue dar o que nos dá e que isso pode já ser muito para ele (ou para ela).

 

É compreender que podemos amar os amigos, as pessoas que conhecemos mal ou bem, apesar de todas as suas fraquezas e impossibilidades.

 

É aceitar, mesmo quando discordamos.

 

É respeitar, mesmo quando as visões ou perspetivas são opostas.

 

É responder com a nossa verdade e saber dar espaço, no nosso coração, para a verdade do outro (mesmo que não rime acertadamente com a nossa).

 

É tratar o outro como gostaríamos de ser tratados. Seja onde for ou em que contexto for.

 

É olhar para o outro como gostamos que olhem para nós.

 

É trazer ao de cima uma versão nossa que consiga abraçar o que encontra, por muito que não compreenda ou saiba o que está por detrás de determinadas ações alheias.

 

Há uma frase que corre pelas redes sociais que nos diz muito sobre o outro e sobre o que todos podemos sentir: ninguém sabe o que a outra pessoa está a passar, por isso sê gentil.

 

Ser gentil é uma forma de amar.

 

Talvez se pudéssemos começar com essa gentileza já conseguiríamos transformar o mundo num lugar melhor.

 

Afinal, o “mundo” não é algo longínquo, externo e distante. O mundo começa na pessoa (ou nas pessoas) que fazem parte de todas as esferas da tua vida. Mesmo que se cruzem contigo, apenas e só, uma vez.

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Marta Arrais

Cronista

Nasceu em 1986. Possui mestrado em ensino de Inglês e Espanhol (FCSH-UNL). É professora. Faz diversas atividades de cariz voluntário com as Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus e com os Irmãos de S. João de Deus (em Portugal, Espanha e, mais recentemente, em Moçambique)

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