Só o amor nos pode salvar!
Fala-se pouco do amor a sério. Reduzimos o amor a uma pequenez que não o pode conter nem fazer jus. Não nos aproximamos o suficiente uns dos outros para compreender que o amor é muito mais do que aquele que se refere a uma relação conjugal, fraterna ou familiar.
O amor é ter paciência quando nos apetece, de facto, dar uma resposta zangada ou torta.
É acreditar que o outro só consegue dar o que nos dá e que isso pode já ser muito para ele (ou para ela).
É compreender que podemos amar os amigos, as pessoas que conhecemos mal ou bem, apesar de todas as suas fraquezas e impossibilidades.
É aceitar, mesmo quando discordamos.
É respeitar, mesmo quando as visões ou perspetivas são opostas.
É responder com a nossa verdade e saber dar espaço, no nosso coração, para a verdade do outro (mesmo que não rime acertadamente com a nossa).
É tratar o outro como gostaríamos de ser tratados. Seja onde for ou em que contexto for.
É olhar para o outro como gostamos que olhem para nós.
É trazer ao de cima uma versão nossa que consiga abraçar o que encontra, por muito que não compreenda ou saiba o que está por detrás de determinadas ações alheias.
Há uma frase que corre pelas redes sociais que nos diz muito sobre o outro e sobre o que todos podemos sentir: ninguém sabe o que a outra pessoa está a passar, por isso sê gentil.
Ser gentil é uma forma de amar.
Talvez se pudéssemos começar com essa gentileza já conseguiríamos transformar o mundo num lugar melhor.
Afinal, o “mundo” não é algo longínquo, externo e distante. O mundo começa na pessoa (ou nas pessoas) que fazem parte de todas as esferas da tua vida. Mesmo que se cruzem contigo, apenas e só, uma vez.