Começou o ano letivo… e agora?

Razões para Acreditar 22 setembro 2020  •  Tempo de Leitura: 3

Durante este ano vivemos a maior disrupção dos sistemas de educação da história, segundo as Nações Unidas. Foram afetados 1,6 mil milhões de estudantes em 190 países, o que equivale a 94% da população estudantil mundial.

 

Há alguns artigos atrás defendi que se podia utilizar esta mudança radical forçada para tentar repensar mais a educação. Vozes mais relevantes que a minha levantaram-se no mesmo sentido, a ONU, através de António Guterres, pedia especial atenção aos estudantes em situação mais vulnerável e que fosse “aproveitada” a pandemia para se transformar os sistemas educativos através de infra-estruturas digitais, revitalizando a aprendizagem ou usando métodos de ensino mais flexíveis. “Temos uma oportunidade geracional de recriar a educação e o ensino. Podemos dar um salto e avançar para sistemas progressistas que consigam educação de qualidade para todos, como um ‘trampolim’ para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, disse Guterres.

 

Mas já temia que pudesse estar a ser demasiado otimista… e agora, olhando em retrospetiva, verifico que tal se confirmou. Com a ameaça da SARS-CoV-2 reforçou-se o “olhar para o chão” em vez do horizonte. É óbvio que passamos de viver para quase sobreviver e com motivo.

 

Navegamos à vista, que neste caso parecia ser a opção, dada a imprevisibilidade de todo o contexto.

 

Meio ano passou, continuamos numa situação semelhante, mas a opção com consenso alargado passou a ser a aberturas das escolas:

 

Assim que a transmissão local de covid-19 esteja controlada é preciso devolver os alunos às escolas e aos estabelecimentos de ensino de forma segura: esta deve ser uma das prioridades fundamentais”, afirmou Guterres. Para a ONU “é essencial encontrar um equilíbrio entre os riscos para a saúde e os riscos para a educação e proteção das crianças e ter em conta também a repercussão da situação na participação das mulheres na força do trabalho”.

 

Apesar de reabrir as escolas não estar a ser fácil, assumimos que mante-las abertas é a prioridade, mesmo que isso implique fechar outros espaços” – Angela Merkel

 

Para reforçar esta opção, surge o consenso alargado que as crianças são menos vulneráveis ao vírus. No entanto, as abordagens têm variado bastante por país. Aqui ficam alguns exemplos:

 

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