Do amor
Hoje o azul do céu
Acordou-me do cinzento enviesado que insiste em encobrir este Janeiro!
É difícil não fazer jejum de alegria quando à nossa volta desabam vidas…
Quando do oriente ao ocidente,
Se entrelaçam políticas e vontades sem amor!
Se procuram soluções, rápidas e avulsas,
onde o bem-estar de alguns se troca pela vida de outros!
Sei que o sofrimento é condição da vida,
Mas quero um mundo melhor!
Quero um Sol aceso em todos os corações.
Porque cada homem, mulher ou criança, o merecem,
Aqui ou em qualquer parte do mundo!
Não foram pregos que te mantiveram na cruz, Jesus… Foi o amor!
Não pensavas só em alguns quando disseste à tua Mãe: “Eis o teu filho!”
Então, que nos falta? Para te descobrirmos, realmente?
Para ousarmos quebrar as barreiras, os muros, as cercas?
Na Hungria, na Grécia ou em Israel…
Mas aqui também, no meu coração?
Não quero cair na retórica do sentimento bonito,
Da palavra que emociona.
Quero-te a ti, Senhor…
Humildemente, quero a Tua vontade. Profunda e pura!
É muito fácil perder-me na normalidade dos dias!
Por isso peço que rasgues mesmo o que é velho em mim,
Para começar de novo, como Paulo, no caminho de Damasco.
Precisamos de Ti!
No burburinho da confusão que se instalou à escala global,
é este o grito que o mundo lança,
e que ecoa individualmente no coração de cada um!
Precisamos de Ti, Senhor da misericórdia!
De parar, de Te ouvir, de Te sentir!
Não nos deixes desanimar, que nos afundamos.
Rompe o que em nós ainda é medo, insegurança, revolta ou falta de amor…
Vem estender-nos a mão,
neste ano que ainda agora começa…
E Maria, não te canses de segredar aos corações:
“Fazei tudo o que Ele vos disser!”