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«Quando alguém nasce, nasce selvagem» diz o refrão da antiga canção dos Delfins, evocando o mito do bom selvagem divulgado pelos ideais românticos do filósofo francês Jean-Jacques Rousseau. Por mais bonita que seja a melodia e a ideologia subjacente, ela não diz tudo sobre o que somos.
Por vezes basta uma palavra, um pequeno gesto para se operar uma grande transformação. Não será uma palavra qualquer ou um gesto fruto do acaso, mas a palavra e o gesto que vão ao encontro das expetativas mais profundas do coração humano, que são desejadas como a chuva em tempo de seca e, por isso,
Estamos condenados à morte como parcelas vivas desta terra. Mas a morte não é tudo. Pode ser um assunto sério, mas não é o assunto final. Se tivermos o ressuscitado bem no centro da vida, ela será uma passagem inevitável para o último encontro, antigo e desejado, com o Redentor. Esta é a nossa fé!
É um gesto corajoso e pouco cómodo, diga-se a verdade, que contrataria a perceção generalizada que muitos entendem sobre o que é ser cristão. «Sou batizado», dizem, «vou a Fátima» e depois? Há alguns anos, durante a quadra natalícia, participei numa campanha de natal de rua com os membros da
Aproximava-se a hora. Em breve havia de estender os braços numa cruz. A entrega definitiva, «como o grão de trigo…». O amor puro é assim mesmo. Aceita a morte como parte de um processo para que outros tenham vida. Sabe que há um tempo para tudo. Há também o tempo para olhar a morte de frente,
Cá entre nós: o desejo de Deus é tão natural no homem que a sua negação reiterada pode ser motivo para adoecer. Conheci uma senhora muito rica que se encontra gravemente doente porque os seus pensamentos e desejos estão fechados, como se permanecessem numa garrafa selada quando, em bom rigor,
O tempo quaresmal está fortemente associado à entrada dos catecúmenos na Igreja. Nos primeiros séculos os adultos que desejavam ingressar na comunidade dos seguidores de Jesus recebiam dos mais velhos os ensinamentos.
Por vezes redescobrimos sentidos inesperados em experiências e palavras que possibilitam leituras diversas à luz de novos acontecimentos. Dei comigo a repetir a antiga fórmula escrita a giz, no quadro, nas aulas de estatística, agora com uma conotação quaresmal.
O senhor da antiga barbearia da minha terra é um despachado. Em quatro tesouradas avia o serviço enquanto se movimenta, de um lado para outro, a comentar as últimas notícias: «Sr. padre, isto não ficava assim. Se fosse na América, oh! Já estava preso».
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