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A liturgia deste último Domingo do Advento refere-se repetidamente ao projecto de vida plena e de salvação definitiva que Deus tem para oferecer aos homens. Esse projecto, anunciado já no Antigo Testamento, torna-se uma realidade concreta, tangível e plena com a Incarnação de Jesus.
Diz-se que durante todo o seu percurso académico Tomás de Aquino apenas levantou o dedo uma vez para fazer a velha pergunta: «O que é Deus?». O jovem era, de facto, uma máquina de pensar pouco compreensível para os que o rodeavam.
Há tempos, uma leitora do “L’Espresso” [jornal italiano] dirigiu-me uma sugestão: «Já que de vez em quando assina textos neste semanário laico, porque é que não experimenta propor uma pregação laica?». (…) Aceito o desafio, também porque esta edição sairá no limiar de uma festa que, mesmo na era
«Os ricos recusam muitas vezes ajudar-nos, que somos pobres, enquanto que os pobres dão tudo o que têm para ajudar quem não tem nada. Devia ser de outra forma, mas os ricos não têm tempo para se perderem connosco, pobres.»
«Não somos o que deveríamos ser, não somos o que queríamos ser, e também não somos o que seremos um dia. Mas graças a Deus não somos o que éramos.»
1. O Evangelho deste Domingo III do Advento põe em cena a figura de João Baptista (João 1,6-8.19-28). Entalado entre os dois Testamentos, fechando a porta do Antigo, abrindo a porta do Novo, João, hebraico Yhôhanan [= «YHWH faz graça»], resume o Antigo Testamento e oferece o sumário do Novo
O evangelista Marcos fizera coincidir o início do Evangelho com a aparição de João Batista, apresentando-o de modo breve e sintético (cf. Mc 1, 1-8), sem insistir nos seus ensinamentos, ao contrário de Mateus e Lucas (cf. Mt 3, 7-12; Lc 3, 7-18).
A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo João, capítulo 1, 6-8.19-28, que corresponde ao Terceiro Domingo do Advento, ciclo B do Ano Litúrgico. O teólogo José Antonio Pagola comenta o texto.