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a sua tag: "Marta Arrais"
Uma das coisas que o período de confinamento nos ensinou foi que o tempo está em vias de extinção.
Acredito que os abraços encerram, dentro do seu meigo aperto, poderes verdadeiramente curativos. Acredito que somos mais felizes quando abrimos os braços para receber a presença de alguém que amamos ou a presença daqueles a quem desejamos o bem.
Esta crónica é para os sentem que perderam tudo. Para os que sentem que ficaram sem chão. Para os que têm medo de sair de casa e de engolir um vírus sem se dar conta. Para os que viram a sua vida dar uma reviravolta e que sentiram que andaram dez passos para trás.
Dentro do que somos há de tudo. É esse tudo que nos dá significado e que, às vezes, nos catapulta para um patamar mais real. Mais cheio do que é verdade.
Vivemos como se os nossos dias não estivessem contados. Gostamos de fazer planos como quem se julga eterno e como quem crê que a morte só bate à porta dos outros.
De entre todos os desafios que a vida nos vai impondo, há um particularmente complicado: o de ser coerente. O de fazer corresponder as nossas ações a tudo aquilo que é proferido pela nossa voz.
Num mundo em que todos julgam primeiro e fazem as perguntas depois, faz diferente.
Ainda estamos muito longe de nos tornarmos melhores cidadãos, melhores pessoas, melhores membros de um grupo (seja ele qual for).
Em primeiro lugar, porque isso não faria qualquer sentido. Ninguém vai a um lugar só porque sim. Sem razão nenhuma. Quando vamos (seja onde for) temos um propósito. Queremos ir. Queremos ver. Queremos conhecer. Queremos encontrar.
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