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a sua tag: "Marta Arrais"
Nas redes não se dorme nem se descansa. Há sempre quem fale, quem comente, quem ponha like ou not like. Os likes desdobraram-se em semi-emoções que são tudo menos isso. Alegria, amor, tristeza ou raiva. Tudo se divide nestas quatro categorias.
Mais difícil do que dizer o que está certo será, sempre, ter a coragem para fazer exatamente o que se diz. Somos feitos de teorias bastante bonitas. Apregoamos bondades e gentilezas mas, quando somos confrontados com o pior, vacilamos.
Faz-nos falta saber calar. Guardar num lugar seguro tudo aquilo que não queremos perder. Ainda que seja, apenas, um lugar imaginado ou criado com a vontade do coração.
Não sei se queremos chegar a tempo. Não sei se as nossas intenções são (sempre) as melhores. Não sei se é assim tão fácil preferir o Bem. Não sei se não temos, também, direito a ficar furiosos. Não sei se sabemos, ao certo, o que devemos fazer a seguir. Não sei se queremos correr atrás do que
Estamos entre espadas e paredes. Entre trilhos certos e tranquilos (de onde não se pode ver o Céu) e veredas com escolhos que, no final, nos brindarão com uma paisagem capaz de fazer esquecer qualquer caminho mais difícil.
Todos os momentos que nos retiram das nossas rotinas parecem atropelar-nos. É como se uma pequenina tempestade nos mudasse os pontos cardeais e nos levasse para um caminho de novidade que nem sempre sabemos como receber ou guardar.
Tenho a certeza de que o dia de Natal não é igual para todos. Em cada casa e em cada família há tradições mais ou menos enraizadas. Mas ainda que vivamos este dia de forma distinta e separada daqueles com quem partilhamos grande parte dos nossos dias, sentimo-nos juntos.
Podia muito bem ser o nosso lema. O lema que nos define como gente que tem uma predileção especial por andar às voltas e nunca sair do mesmo sítio. Somos muito bons a deixar para depois. A adiar para quando a vida quiser.
Enxuga as lágrimas. Guarda as tristezas para outro dia ou para outra hora. Não reacendas fogueiras que o tempo já apagou e não adormeças à sombra da mesmice.
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