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Estávamos a poucas horas da inauguração dos painéis da autoria da Ilda David quando o Manuel, sentado diante da imagem de S. Vicente de Paulo, de caneta esmeril na mão disse, no seu habitual tom despreocupado: «o que é preciso é fazer sem hesitar».
Assemelha-se ao interminável trabalho das funções domésticas. Todos os dias se transforma a matéria-prima numa refeição, lava-se, limpa-se, arruma-se e passa-se a ferro. Sabemos que o ciclo agora terminado é o princípio de um outro, numa espiral de ciclos sem fim.
A afetividade humana necessita de ser educada e norteada por valores humanos universais caso contrário o homem torna-se refém desta força inata.
A este propósito, permite-me a sugestão: não Te canses de despertar o homem através da beleza e da bondade. Podemos ter um coração muito duro, podemos resistir por algum tempo, andar e falar como os outros, mas há um dia em que percebemos que a passagem por este mundo (o teu amigo Paulo lembra-nos
Há dias assim. A novidade absoluta bate à nossa porta com tanta persistência que não podemos fingir não estar em casa. Estremecemos como se ainda fôssemos a criança distraída na sala de aulas quando ouvimos, de súbito, o nosso nome repetido em tons agudos.
Já na extremidade da paróquia, a habitação social surge como uma peça única, totalmente branca, sobretudo agora, depois das obras de reabilitação do edifício promovidas pela Câmara. Para chegar até ao elevador do n. 9 é preciso passar por um corredor sombrio, empurrando a porta, sempre aberta, que
Diz-se que durante todo o seu percurso académico Tomás de Aquino apenas levantou o dedo uma vez para fazer a velha pergunta: «O que é Deus?». O jovem era, de facto, uma máquina de pensar pouco compreensível para os que o rodeavam.
Vivemos imersos numa cultura que sobrevaloriza o lado negro da realidade. Um acontecimento só chega à categoria de «boa notícia» na comunicação social se for suficientemente escandaloso ao ponto de prender a atenção e perturbar, ainda que de um modo transitório, o espírito do espetador.
Conter a intuição ainda em gestação. Fechar os olhos e recolher-se. Deixar-se estremecer pelas vibrações da voz no deserto – «Amanhã, só amanhã…» – e suportar a passagem dos corredores de fundo. Não fugir ao silêncio. Moldar-se pela privação como um pedinte à espera da generosidade alheia, como um
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