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a sua tag: "Emanuel António Dias"
Um dia houve alguém que nos encontrou. Parou diante da berma das nossas vidas e convidou-nos a entrar na casa do Seu amor. Não viu o que éramos ou fazíamos, mas olhou-nos com toda a Sua atenção. Tornou-nos o Seu mais que tudo. Fez de nós os meninos e meninas dos Seus olhos.
É preciso deixar no passado aquilo que foi passado. Não se pode pisar nada de novo se continuamos a persistir no que foi antigo. Há que existir uma libertação para que possamos começar uma nova ação. Só deste jeito permitiremos que o perdão nos seja dado. Deixando que tudo seja, de novo, trabalhado
É noite, domingo. Enquanto escrevo, chove como se a cidade, esvaziada pela pandemia, estivesse a regenerar-se. Hoje foi o primeiro dia em que todas as igrejas da nossa diocese (como muitas outras) não abriram, apesar de ser domingo. Eu chegaria ao ponto de dizer que a unanimidade das pessoas crentes
As tuas pontas andam agora ao Deus-dará, porque efetivamente Ele te dará o suficiente, para que as deixes e segures apenas as pontas daqueles que mais necessitam. As tuas pontas estão agora agarradas, em distâncias que nunca nos separam, com aqueles que mais amas.
E agora? Agora não é tempo de guardares a tua fé num bolso como se não enchesse as medidas do teu dia. E muito menos se deve tornar numa fezada para desenrasques ou somente relembrada em momentos de aflição. Este é um novo tempo para o teu tempo.
Estamos mais fechados do que nunca. Viramo-nos do avesso e ficamos com os olhos postos somente no nosso umbigo. Já não nos vemos. Já nem nos contemplamos. Estamos decididamente ocupados em servir o nosso ego. Estamos virados para o nosso deus que é alimentado por ter, ter e ter.
Ele não é o que tu pensas. Não anda preocupado em medir os teus pecados, nem a tua vida. Anda, isso sim, sensível àquilo que tu és verdadeiramente. Anda atento à diferença que tu fazes naqueles que são diferentes.
A Quaresma não é o que tu pensas. A Quaresma não é tempo de medir pecados, nem de fazer deles uma eterna lista. E é, muito menos, tempo de tristeza e de andar de cabeça baixa. É tempo de descoberta. De uma descoberta em caminho. De uma descoberta de ti e de Deus no outro.
Deus ama. E quando achamos que Ele nada faz, Ele continua a amar. Para além de todos os nossos limites. Para além de tudo aquilo que achamos que somos merecedores. Para além de tudo aquilo que o mundo idealiza como deve ser o amor.
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