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a sua tag: "Marta Arrais"
Tenta acrescentar tempo para o que te falta. Procura horas ou minutos para respirar fundo e para descansar. Não escolhas nada nem decidas por que lado deves ir. Deixa-te estar. Deixa que a vida siga devagarinho e que, de vez em quando, resolva por ti.
Não sei se teremos a consciência desta verdade: o mundo vai para além de nós e do que queremos dele. Normalmente, não nos apercebemos disso. Acreditamos que veremos o fundo do mar e as maravilhas do oceano se mergulharmos a partir do centro do nosso corpo. Não me parece que queiramos arriscar muito
A vida oferece-nos momentos de travagem a fundo, de vez em quando. Mergulhados nos afazeres de todos os dias, somos dotados de uma fé em que o único deus somos nós. Podemos tudo, sabemos tudo, controlamos tudo. Enquanto navegamos nestas certezas ridículas, nem nos apercebemos dos sinais de alerta qu
Tragam-me a honestidade de quem não tem medo de dizer o que pensa. Tragam-me a transparência de quem diz sempre o que pensa da mesma maneira, à frente de quem for.
Parece-me que a leveza está, como tantas outras coisas, em vias de extinção. Falta-nos a capacidade de deixar cair o que nos pesa. O que nos deixa de sobrolho franzido e o que nos faz engelhar a testa. Temos a tendência para ir procurar a pior versão de cada um, de cada acontecimento, de cada dia.
Não sei se somos assim tão diferentes daqueles que criticamos. Somos muito bons a dizer o que faríamos se estivéssemos no lugar deste ou daquele. Somos perfeitos no exercício de supor esta ou aquela situação. Somos capazes de nos convencer, até, das coragens que a nossa alma protagonizaria.
No meio do turbilhão dos dias, são imensos os episódios que protagonizamos. Como heróis de histórias que acontecem em simultâneo, vivemos tudo ao mesmo tempo. Somos chamados a desempenhar inúmeros papéis e, muitas vezes, pedem-nos que nos afastemos daquilo que somos mais verdadeiramente.
Texto de apresentação da obra «Com o coração nas mãos», de Marta Arrais e Emanuel António Dias, na feira do Livro de Lisboa, no dia 15 de junho de 2019. Todos os textos que se encontram entre aspas são retirados das crónicas que os autores selecionaram para esta obra.
Tenho pensado sobre a influência que os boatos e os rumores têm (e podem ter) na nossa vida. De repente, alguém se aproxima para nos contar um segredo, uma história que devemos guardar ou um episódio sobre uma vida que não é a nossa. Quem não se reconhecer nestas primeiras três linhas, pode ir já pa
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