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paula ascenção sousa. a minha religião é o amor. cresci católica, descobri-me missionária. acredito e vivo o amor sem rótulos, sem barreiras, para todx. vivo do amor, por amor e com amor e para amar.
Deus fez-te a ti. Deus tem-te a ti. Deus escolheu-te e escolhe-te a ti todos os dias para que sejas os seus abraços, os seus beijos na testa, o seu confronto. Deus escolheu-te para fazeres chegar o amor ao mundo através de ti.
O que são os milagres? Acreditamos mesmo em milagres? Acreditamos mesmo no amor? É fácil acreditar no amor quando a vida nos corre bem e nos vai de feição. Mas e quando estamos rodeados por sofrimento?
Aprendemos não sei onde ou com quem que a tristeza é de fugir, de escapar. Aprendemos que devemos fugir do sofrimento, da doença e de tudo o que é mau.
Um ano passou desde que me fui enviada para o Peru. Um ano passou desde que fui enviada a todas as galileias do mundo. Vim ao encontro do amor. Encontrei uma missão tão apaixonante e bonita quanto dura. Encontrei dificuldades, obstáculos e tristezas.
Libertar amarras e partir. Sair do sofá. Deixar a rotina. Deixar a casa. Deixar a nossa família. Deixar os nossos amigos. Deixar a nossa âncora. Fazê-lo por amor. Por um amor maior. Muitos de vós perguntar-se-ão: “mas porquê a mim?
Quando deixamos de sonhar? Quando deixámos que a vida nos cortasse os sonhos? Cecília Meireles escreveu que“aprendi com as primaveras a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira”. Tantas e tantas vezes a vida e o mundo mostram-nos o seu lado lunar, mostram-nos a violência
Que o medo não me pare. Que o medo não nos impeça de sonhar, parando-nos no caminho. Que o rio chegue até ao mar. Evitemos as barragens. Chega já as que existem que a nossa insegurança não construa mais barragens.
Quantas vidas cabem numa só vida? Quantos mares desbravaram? Quantas grutas e cavernas interiores? Quantos monstros? Quantos adamastores enfrentaram? Quantos finais choraram? Quantas dores? Quanta fragilidade? Defino-me por muitas coisas. Chamo-me por um nome. Sou uma história.
Sê a tua melhor casa. Passamos demasiado tempo a cobrar-nos. O querer mudar-nos. Passamos demasiado tempo a ver a imperfeição, o errado e os defeitos de fabrico. Damos por nós numa tristeza sem nome que nem vemos chegar, que nem sabemos de onde vem.
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