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a sua tag: "Marta Arrais"
Seguimos pela vida como se fosse nossa para sempre. Como se não estivéssemos cá de passagem. Como se o mundo nos pertencesse para esta e para as próximas gerações.
Não vale espezinhar os outros, por muito cansado (ou triste) que se esteja.
No meio dos dias difíceis e em que nos sentimos tão perdidos, o que nos salva? O que nos abrevia as fraquezas? As faltas de coragem? As tristezas e as dificuldades?
Nem sempre sabemos comunicar, com qualidade e empatia, aquilo que precisamos de dizer aos outros. Como vivemos ligados à corrente, a vaguear de um lado para outro sem parar para pensar, as respostas que damos aos outros são condizentes com esse modo de vida. Rápidas. Impensadas. Ríspidas, muitas vez
Podia arriscar-me a dizer: nunca. Mas isso talvez fosse demasiado exagerado. O espaço do outro pode ser meu se o outro assim quiser ou permitir. Quando o outro não me dá autorização para entrar no seu espaço, na sua “bolha”, então, quando o faço estou a incorrer numa espécie de “invasão”.
São muitas as vezes em que nos perguntamos isto: porque não pode ser como eu quero? Porque não posso ter o que quero, agora? Porque é tão difícil, para mim, ver resolvidos os obstáculos do meu caminho?
Não é a vida que nos desilude. Ou as pessoas. Ou os cenários. Ou mesmo as viagens de sonho que pensávamos que íamos fazer.
Nos últimos dois anos caminhámos juntos, com a mesma Cruz. Atravessámos confinamentos e fomos atordoados por uma doença que, ainda que nos vá roubando algumas coisas, já não nos rouba tudo. Perdemos para o COVID até conseguir ganhar terreno e alguma segurança. Perdemos mães. Pais. Tios. Avós. Irmãos
Quando puderes, respira fundo. Ousa adiar o que é, supostamente, urgente. Atreve-te a deixar para amanhã. A não fazer. A deixar para trás se isso significa colocares-te, a ti, em primeiro lugar.
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